Trecho do editorial da primeira edição
de IMPRENSA (Setembro 1987)
“Exatamente para
isso que surge IMPRENSA: valorizar esta hoje combalida
instituição e ser os olhos dos olhos
da nação. Olho no olho, IMPRENSA chega
para analisar, discutir, criticar. Sua intenção
é positiva, sua filosofia é imutável.
Estaremos a postos mensalmente, em todo o Brasil,
preocupados em informar
sem defender interesses de grupos ou pessoas, publicando
informações exatas, não deturpando
nunca. E reconhecendo, com humildade, nossos erros”
Há 30 anos, os fatos mudam. Os princípios
não.
A revista que cresceu com a democracia
Em 1987, quando chegou ao mercado a Revista IMPRENSA,
o período era único. A ditadura, marcada,
entre outras coisas, pela mordaça à
mídia, havia caído
a pouquíssimo tempo, o país lutava por
eleições diretas e os movimentos sociais
eram borbulhantes.
Sabe-se
que não é possível conceber a
democracia sem a imprensa. E a Imprensa – com
caixa alta – sem democracia não existe.
O lançamento da Revista IMPRENSA foi comemorado
porque representava, também, a alegria pela
recente abertura democrática
que possibilitaria a existência de uma publicação
que tivesse como foco o jornalismo e como público
os jornalistas.
Sem democracia, não há imprensa.
Sinval
de Itacarambi Leão
fundador e diretor da IMPRENSA Editorial
Ano 1 – Nº
1 IMPRENSA nasce de circunstâncias únicas.
Terminara a ditadura militar.
A grande imprensa saía da noite dos 21 anos
capitalizada. Os jornalistas, com
o fim da censura, tinham as unhas afiadas. 1987 era
ano de Constituinte. Viva!
Ano 29 – N° 315. Passados 28 anos, aquela
geração de jornalistas não intuiu
a revolução digital. O desafio hoje
é encontrar um modelo de negócio que
financie a produção de conteúdos
à luz do contraditório, ética
e o esplendor
da forma. O jornalismo vencerá.